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A Inteligência Artificial e a gestão jurídica A automação e as inovações trazidas pela Inteligência Artificial (IA) e as tecnologias relacionadas estão mudando a lei e a gestão dos escritórios de advocacia. Esses avanços também geram novas oportunidades para o empreendedorismo jurídico e os profissionais do direito obterem ganhos de eficiência na prestação de serviços.

A automação e as inovações trazidas pela Inteligência Artificial (IA) e as tecnologias relacionadas estão mudando a lei e a gestão dos escritórios de advocacia. Esses avanços também geram novas oportunidades para o empreendedorismo jurídico e os profissionais do direito obterem ganhos de eficiência na prestação de serviços. 

Com o crescimento exponencial de tais tecnologias, é provável que uma ruptura radical aconteça em um futuro próximo.

A inovação trazida pela Inteligência Artificial encabeça sistematicamente as listas das mais importantes tecnologias emergentes. E, com uma mistura de receio e excitação, os comentaristas parecem concordar que ela moldará o futuro, embora nem sempre saibam como isto irá acontecer.

A tecnologia pode ser definida como a simulação de processos de inteligência humana por máquinas, especialmente sistemas de computador.

Para fazer isso, se baseia na automação da análise (muitas vezes grandes quantidades) de dados para encontrar conexões e tirar conclusões. Dessa maneira, pode procurar informações, detectar condições médicas, interpretar de um idioma para outro ou escrever livros, por exemplo.

A consultoria Cognilytica concluiu uma pesquisa sobre os padrões globais de adoção de Inteligência Artificial com alguns resultados surpreendentes e impressionantes. 

No geral, a adoção da IA ​​continua a crescer fortemente em todas as regiões do mundo. Em uma pesquisa enviada a mais de 1,5 mil tomadores de decisão em vários setores e regiões, mais de 90% dos entrevistados indicam que implementarão um projeto nos próximos dois anos.

Na profissão jurídica, os robôs já encontraram seu caminho para apoiar advogados e clientes. Richard Susskind, um dos pensadores mais respeitados do Reino Unido no cruzamento entre jurídico e tecnologia, acredita que essa tendência continuará a crescer nos próximos anos.

"A IA e outras tecnologias permitem que as máquinas realizem tarefas que muitos pensavam que requereriam advogados humanos", explica. 

E as aplicações são divididas em seis categorias principais que chegam para auxiliar a gestão jurídica:

Due diligence: Os litigantes realizam a due diligence com a ajuda de ferramentas de IA para descobrir informações básicas. Pode ser utilizada para revisão de contrato, pesquisa jurídica e descoberta eletrônica, por exemplo; 

Tecnologia de previsão: Um software de IA gera resultados que preveem  resultados de litígios;

Análise jurídica: Os advogados podem usar dados de jurisprudência passada, taxas de ganhos, perdas e histórico de um juiz, identificando tendências e padrões;

Automação de documentos: Os escritórios de advocacia usam modelos de software para criar documentos preenchidos com base na entrada de dados;

Propriedade intelectual: as ferramentas de IA orientam os advogados na análise de grandes portfólios e na obtenção de insights de conteúdo; 

Faturamento eletrônico: o horário faturável dos advogados é calculado automaticamente.

Os robôs estão evoluindo de uma nova onda para um potente impulsionador da transformação dos negócios. O resultado final? Benefícios reais e sustentáveis.

Na prática, a Inteligência Artificial pode ser utilizada no Direito, tanto nas instituições legais, escritórios de advocacia como no empreendedorismo jurídico.

Uma parceria entre a Universidade de Brasília (UnB) e o Supremo Tribunal Federal (STF), resultou no Victor, sistema, baseado em Inteligência Artificial, que tem como objetivo ler todos os recursos que chegam à corte e assim ajudar na organização das ações.

Já o Ross, Inteligência Artificial da IBM, é capaz de realizar algumas funções até então de responsabilidade dos advogados, como o registro de petições, pesquisa legal e a criação de documentos.  

Os exemplos acima levam a uma importante reflexão: a tecnologia vai substituir o esforço humano? A IA deve substituir muitos empregos humanos no futuro, mas advogados e juízes devem estar entre eles?

A resposta é simples: não! A tecnologia ajuda, mas não é capaz de julgar. O serviço judicial dos EUA usa algoritmos de avaliação de risco para ajudar a lidar com casos após a prisão. 

Estas ferramentas são projetadas para analisar os detalhes do perfil de um réu e emitir uma pontuação que estima a probabilidade de reincidência.

Um juiz, então, leva este dado em consideração para determinar que tipo de serviços de reabilitação determinados réus devem receber. Se devem ser mantidos na prisão antes do julgamento e qual a gravidade de suas sentenças. Uma pontuação baixa abre caminho para um destino mais 'leve'. Já uma pontuação alta faz exatamente o oposto.  

Na China, juízes com IA também estão se tornando realidade. A cidade de Pequim introduziu um centro de serviços de litígio que apresenta um juiz de IA para casos repetitivos e básicos. Sua função é recepção de litígios e orientação on-line, uma tarefa administrativa.

Os escritórios de advocacia e empresas de serviços profissionais que desejam tomar as melhores decisões podem contar com a IA como uma forte aliada. Porém é preciso uma parceria tecnológica confiável para poder incrementar seus processos com a ajuda de robôs.  

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