Adaptado de Why Upskilling Junior Lawyers Should be Your Firm’s Priority, para o Legal Insight.
Os comentaristas do setor e aqueles que trabalham com eles apontam que o modelo tradicional de escritório de advocacia (um número seleto de parceiros seniores delegando tarefas a um grande grupo de associados e juniores) é insustentável na economia perturbada em que vivemos atualmente.
Cada vez mais dominado por novas tecnologias, o mercado jurídico está passando por grandes mudanças nas contratações, impulsionadas em grande parte por tendências como:
- Os escritórios de advocacia adotam uma estrutura de pirâmide inversa (uma proporção mais alta de profissionais seniores em apoio ou pessoal subalterno) ou, como no caso da LegalVision, um modelo de negócios "quadrado" que coloca as equipes principais (marketing, vendas, produtos e operações) em pé de igualdade.
- Empresas movendo mais de seu trabalho jurídico internamente.
- Práticas multidisciplinares, como a KPMG, buscam estratégias agressivas de contratação lateral e expansão.
- Plataformas como Lawyers On Demand, Lexvoco e Lexoo conectando advogados consultores com habilidades específicas diretamente aos clientes.
As empresas mais estruturadas tradicionalmente que pretendem sobreviver no futuro precisam abordar e melhorar com urgência a retenção de funcionários e fornecer uma cultura atraente para a próxima geração que inevitavelmente herdará e impulsionará o setor jurídico.
Sem dúvida, o aprimoramento dos advogados juniores da sua empresa exige tempo e investimento financeiro, mas há benefícios em fazê-lo, incluindo:
1. Liberar a equipe sênior para se concentrar em trabalhos mais complexos e de alto valor
Os advogados juniores possuem entusiasmo, energia e novas perspectivas - qualidades que as empresas devem aproveitar para permitir que os advogados seniores da organização se concentrem em trabalhos mais valiosos e complexos, além de desenvolvimento estratégico e de negócios.
2. Melhorar a retenção e o envolvimento da equipe
O mandato do advogado júnior está mudando graças à mesma tecnologia que está causando interrupções no setor jurídico. Por exemplo, agora a inteligência artificial está fazendo uma brincadeira com o trabalho de advogados subalternos, enquanto atividades como revisão, revisão de documentos e pesquisa (componentes essenciais do treinamento de um advogado subalterno) já são fortemente automatizadas.
Com perspectivas de carreira e treinamento, algumas das principais razões pelas quais os advogados de pós-graduação aceitam a oferta de um potencial empregador, aumentar o número de assalariados da sua empresa é uma maneira eficaz de melhorar a retenção e o envolvimento da equipe.
3. Incentivar novas perspectivas que possam levar sua empresa adiante
Em seu artigo na Lawyers Weekly, Bob Murray - diretor da empresa de consultoria global Fortinberry Murray e especialista internacional em estratégia e liderança - prevê a reversão da demanda no setor jurídico global, onde graduados e advogados mais jovens podem eventualmente ser procurados mais do que o atual colheita de parceiros de nível sênior e médio.
"Os graduados e os advogados juniores não vêm com tantas das premissas e com a bagagem pavloviana com a qual se sobrecarregam os sócios seniores e até os associados seniores".
“A própria lei, no futuro, será a preocupação da juventude e da tecnologia”, diz Murray, que também observou que muitos dos atuais parceiros precisarão eventualmente “deixar a lei para os jovens que possam levá-la na nova direção digital que está fadado a ir.
Investir no desenvolvimento das habilidades de seus advogados juniores permitirá que sua empresa não apenas acompanhe as novas tecnologias e sobreviva ao clima atual das mudanças digitais, mas também leve sua prática para o futuro.
Herbert Smith Freehills (HSF), nomeado como o melhor recrutador de advogados da Austrália pelo terceiro ano consecutivo, reconhece a necessidade de capacitar advogados juniores dessa maneira.
“Na HSF, reconhecemos plenamente que a prática da lei mudou e que os clientes esperam mais agilidade, eficiência e maior valor de seus consultores jurídicos”, diz Peter Butler, sócio sênior e ex-sócio gerente e chefe de litígio da HSF. "É por isso que apoiamos a capacitação, orientação e capacitação de nossos advogados juniores a partir do momento em que se juntam a nós."
Por fim, Freehills conclui: “À medida que suas habilidades técnicas legais continuam a se desenvolver, também incentivamos nossa equipe jurídica júnior a ajudar nas estratégias de inovação da empresa, desenvolvimento de negócios e gestão do conhecimento. Não apenas para liberar mais advogados seniores para um trabalho mais especializado, mas para ajudar nossos praticantes juniores a se tornarem os líderes da empresa e especialistas do setor de amanhã.”
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