A Copa do Mundo 2022, promovida pela FIFA, está chegando. A partir do dia 20 de novembro, torcedores de 32 países do mundo inteiro se enchem de expectativa para ver suas seleções entrarem em campo.
Os apaixonados por futebol podem até não concordar com a convocação, mas eles estarão lá, torcendo, gritando e literalmente vestindo a camisa da sua nação. E é esse clima que faz mais de 5 bilhões de pessoas em todo o mundo saírem da rotina a cada 4 anos.
O que tem em comum um evento de Copa do Mundo com as empresas que operam no cenário do comércio exterior? Eu te explico, basta continuar a leitura.
A curiosa relação entre a Copa do Mundo e o comércio exterior
Bom, aparentemente não há nenhum vínculo. Mas, já adianto, há vários aspectos desse evento esportivo mundial que podemos incorporar tanto no dia a dia do trabalho como na gerência das operações do comércio exterior.
Ser mais competitivo no cenário internacional: afinal de contas, esse é o grande objetivo da sua empresa, certo?
Assim que a divulgação da divisão das seleções acontece, tem início um verdadeiro trabalho de espionagem digno de James Bond. O objetivo é a busca de informações privilegiadas sobre os “inimigos” a serem combatidos durante a fase de grupos.
Dados vs informação: entenda a diferença entre os conceitos
Muito estudo e preparação são necessários para se preparar bem contra os rivais. E aqui é bem importante diferenciar os conceitos de informação e dados:
- Informação é tudo aquilo que nos dá subsídio para a tomada de decisão;
- Dado, por sua vez, é algo que se liga mais a fatos que já ocorreram, mas não é suficiente para uma tomada de decisão.
Vamos a um exemplo que compara informação e dados. O primeiro jogo da seleção brasileira será contra a Sérvia, no dia 24 de novembro. Se, na véspera do embate, for divulgado que o destaque desse time não irá entrar em campo por causa de uma indisposição física, muito provavelmente Tite, técnico da nossa seleção, decidirá como explorar melhor a falta do jogador.
Veja que aqui o técnico brasileiro recebeu uma informação que dará suporte para uma tomada de decisão rápida, ao passo que o dado é o fato de que a Sérvia terminou as eliminatórias invicta.
Mas isso não é uma informação relevante para o técnico brasileiro nesse momento, já que a seleção sérvia poderia jogar com um esquema tático totalmente diferente para surpreender o adversário.
Porém, lembre-se de que um dado pode se transformar em uma informação importante num determinado momento. Nesse mesmo caso, se Tite tiver a informação de que a seleção sérvia vai atuar com a mesma formação tática que jogou a última partida das eliminatórias, esses dados passam a ser uma informação importante para a tomada de decisão.
Ficou claro como a informação é primordial para tomada de decisão? E, muitas vezes, determinante na mudança de um fluxo que possa responder melhor a um evento? Isso também acontece dentro das empresas que praticam o comércio internacional.
É importante que os gestores dessa área possuam acesso constante a informações que facilitem a tomada de decisão – ou que tenham à mão uma massa de dados que possa ser útil a qualquer instante. Ambos serão fundamentais para corrigir o percurso da operação e melhor se adequar às novas realidades que estão por vir.
O valor da tecnologia no comércio exterior
A seleção brasileira – como todas as outras – contam com a ajuda da tecnologia para ter acesso a dados e informações que possibilitem analisar os oponentes e tomar as melhores decisões. E o mesmo pode ser realizado dentro do comércio exterior.
Contar com um sistema informatizado que controle as operações e permita ter históricos que ajudem na tomada de decisão e garanta o compliance da operação é fundamental.
Não podemos esquecer que enquanto os governos vêm se aparelhando cada vez mais nas fiscalizações aduaneiras, as empresas que querem alcançar seus objetivos não podem controlar suas operações de forma manual.
Outro ponto que chama atenção em relação às seleções é a utilização da psicologia e dos sistemas para acompanhamento da performance de cada jogador em áreas como fisiologia, biomecânica e nutrição.
Forma-se uma rede integrada de apoiadores para se alcançar os objetivos traçados. É bem verdade que, para o torcedor, a ciência não importa na hora do time ser vencedor, e sim suas crendices, comportamentos e atitudes antes de um jogo.
Os 4 pilares para vencer no comércio exterior
No comércio exterior, é evidente que não se pode acreditar em simpatias. A vitória acontece quando você tem uma rede conectada de apoio. De que maneira? Veja a seguir.
- É fundamental que sua empresa tenha um sistema que indique o grau de profissionalismo dos seus parceiros. Tudo para evitar que ela seja manchada por atitudes de empresas que não sejam idôneas.
- Redução de custos com o uso de regimes especiais, do que será ofertado no mercado internacional. Ao contar com uma tecnologia específica, fica mais fácil garantir o compliance que esse regime exige perante o governo e a legislação.
- Os sistemas de governança de comércio exterior devem estar integrados ao seu ERP, o que vai garantir que as informações sejam únicas e não permitam divergências.
- Todos os sistemas de comércio exterior precisam trazer de forma integrada o conteúdo legal das operações realizadas dentro da empresa para não correr riscos de penalidades, multas e manchar o nome da própria empresa.
É certo que no dia 18 de dezembro saberemos qual será a seleção campeã da Copa do Mundo. E com certeza essa equipe já está fazendo uso da tecnologia para traçar suas estratégias. Da mesma forma, as empresas precisam se apoiar na tecnologia da informação e seus recursos para ter grandes chances de superar suas metas e serem vencedoras no comércio exterior.
Ninguém se prepara às vésperas da partida. E aqui temos uma grande vantagem: enquanto um país pode ser reconhecido como campeão apenas 1 vez a cada 4 anos, as empresas suportadas pela tecnologia certa podem ser vencedora todos os dias!
