O contêiner, que tem sido o alicerce do crescimento do comércio global, está se transformando na mais recente fonte de frustração para importadores e exportadores que lidam com interrupções na cadeia de suprimentos em todo o mundo.
Quer conhecer mais sobre a crise da escassez de contêineres que acontece atualmente? Então, não deixe de continuar a ler o post.
Panorama da crise dos contêineres
O transporte marítimo de mercadorias se encontra em uma situação única. Isso porque eventos imprevistos levaram a uma escassez global de contêineres, o que teve um efeito dominó na cadeia de abastecimento, refletindo no comércio global.
No início do ano passado, quando a pandemia de Covid-19 começou a se espalhar, muitos países começaram a implementar bloqueios nacionais e interromper a produção de bens, o que acabou afetando o crescimento econômico.
As companhias marítimas começaram a reduzir o número de navios de carga que estavam sendo enviados. Isso não apenas prejudicando o fluxo normal de mercadorias importadas e exportadas, mas também impediu a coleta de contêineres vazios.
No Brasil, um levantamento realizado pela CNI (Confederação Nacional da Indústria) reportou que, entre 128 empresas e associações industriais, mais de 70% estão sofrendo com a falta de contêineres ou navios. E mais da metade teve que suspender ou mesmo cancelar viagens que já estavam programadas.
O intenso ritmo das exportações brasileiras de alimentos, em particular carne, frutas, café e outros produtos que dependem de contêineres, já esbarra em limitações logísticas provocadas pela retomada do comércio internacional no pós-pandemia.
Os 4 principais motivos da falta de contêineres
As principais causas são:
1. Número reduzido de contêineres disponíveis: a redução sem precedentes do comércio mundial nos primeiros durante a pandemia interrompeu o fluxo normal de contêineres. A escassez nos locais certos durante a fase de recuperação teve um efeito tremendo nas taxas, o que causou aumentos nunca antes vistos em um curto espaço de tempo.
2. Portos congestionados: muitos portos foram afetados pela redução da força de trabalho tanto nos terminais quanto em funções de suporte, como motoristas de caminhão. Isso causou grandes atrasos nos navios, viagens perdidas e limitações nos volumes que poderiam ser carregados.
3. Número reduzido de embarcações operacionais: quando o comércio mundial desacelerou, algumas embarcações foram para reforma. Com menos navios no mercado, alguns até tiveram suas viagens interrompidas devido a casos COVID-19 a bordo.
4. Mudança no fluxo de mercadorias: as mudanças no comportamento de compra das pessoas e o desenvolvimento imprevisível do COVID-19 estão causando muitas irregularidades no comércio global. Isso aumenta significativamente o valor do transporte de cargas e os custos das transportadoras.
Frota global de contêineres encolhe
Para agravar a mudança nos desequilíbrios e gargalos comerciais, a produção de novos contêineres está terrivelmente baixa. A taxa já havia caído em 2019 e teve uma queda ainda mais expressiva este ano, especialmente quando a demanda caiu drasticamente no primeiro trimestre de 2020.
O sucateamento de contêineres agora excede a construção de novos, fazendo com que os estoques nas fábricas despenquem. Levará meses antes que mais navios e contêineres sejam construídos, o que significa que a capacidade provavelmente não se normalizará até o final de 2021.
Este acesso limitado aos contêineres disponíveis também está elevando o preço de compra de novos contêineres, uma vez que os fabricantes sabem que a demanda é tal que eles podem cobrar um prêmio.
Os fabricantes de contêineres chineses, que dominam o mercado, agora cobram cerca de US$ 2.500 por um novo contêiner, ante US$ 1.600 no ano passado. Da mesma forma, as taxas de leasing de contêineres dispararam, aumentando cerca de 50% no espaço de apenas seis meses.
A corrida pelos contêineres disponíveis
Desnecessário dizer que a falta de contêineres não pode atender às demandas atuais de transporte e temos uma crise em nossas mãos. Todos os contêineres disponíveis são reservados imediatamente, por isso a recomendação é: ao encontrar um, reservar a carga o mais rápido possível.
Embora existam algumas medidas em andamento para ajudar a resolver o impasse, como transportadoras tentando reduzir o tempo livre e o período de detenção, bem como sistemas de descarga mais eficientes, realisticamente não veremos a crise global de escassez de contêineres voltando ao normal nos próximos meses.
Infelizmente, também está previsto que as taxas de frete do contrato permanecerão altas ao longo do próximo ano.
Como a Thomson Reuters ajuda na escassez de contêineres
Mesmo que essa crise no comércio exterior não tenha um final nos próximos meses, sua empresa pode contar com a ajuda da Thomson Reuters para lidar com a escassez de contêineres. Veja, abaixo, como as soluções Onesource têm a capacidade de serem aliadas estratégicas.
Trade Analyzer
Para combater os impactos da escassez de containers é necessário um melhor monitoramento e acompanhamento dos espaços de container e visualizar novas rotas.
O Trade Analyzer traz agilidade em todo o processo e ajuda a avaliar outros mercados. Auxilia na priorização de diversificação de mercados para fugir dos portos sobrecarregados e na análise de novos mercados para apoiar na escassez de contêineres.
A ferramenta é capaz de realizar análises comerciais, fornecendo uma visão não apenas dos custos e riscos comerciais, mas também das oportunidades que podem ser realizadas por meio da implementação de mudanças nas estratégias de sourcing, vendas e / ou distribuição.
Disponibiliza estudos de tendências para o seu modelo atual de fornecimento ou vendas, possibilitando a identificação de riscos e até mesmo a quantificação de economias potenciais.
Módulos Operacionais
● Importação e Exportação: Planejamento e controle da operação, com as mercadorias que estão em trânsito foram entregues. Permite a previsibilidade dos prazos, lead time e avaliação da performance com o tempo da próxima operação.
● Regimes: Melhore a competitividade ao calcular o impacto dos impostos (Custo Brasil), reduzindo a carga tributária e aumentando a competitividade.
● Tracking: Possibilita a consulta do posicionamento de navios, o que pode apoiar no acompanhamento das importações, identificando antecipadamente possíveis atrasos no processo.
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